Mil mensagens no WhatsApp para responder, encontros com amigas marcados para daqui 6 meses, férias com o celular do lado e mais um laudo de bournout
Ter a melhor rotina, dar conta de tudo, trabalhar, estudar, produzir, cultivar relações, ter lazer, fazer novos planos e se cobrar se não conseguir. A lista vai aumentando e, de repente, tudo é trabalho, tudo é obrigação.
Trabalho é uma necessidade
E na realidade de muitas pessoas trabalhar com o que ama, fazer os próprios horários ou tirar um tempo para si na rotina não é uma possibilidade. Mas, quando tudo vira uma demanda para ontem, que horas você para de produzir?
Nessa vontade de sermos sempre melhores em tudo, atingir todo o nosso potencial, parece que tudo vira uma necessidade, uma prioridade. E não dar conta de tudo mal chega a ser uma possibilidade, porque seria assumir a própria falta, a própria incapacidade. Uma transgressão quase moral, diante da premissa de que atingir o sucesso é quase uma regra.
Segundo levantamento realizado pela International Stress Management Association, cerca de 30% dos trabalhadores brasileiros são acometidos por bournout.
E talvez estejamos tão acostumados com o discurso de “tá todo mundo cansado” que só se percebe que algo anda errado quando a produção cai. Não é só sobre estar exausta, mas estar exausta e não dar conta de continuar.
Quem é você sem produtividade, sem metas , sem obrigações ou demandas urgentes? Não é sobre demonizar o trabalho ou seus planos, mas questionar qual o espaço que eles têm ocupado na sua vida.


